Informática fácil

 

 

Falar em informática fácil, hoje em dia, parece coisa bizarra. A reação natural de uma pessoa que passou pelo processo de aprender a usar email e rede social e a fazer buscas na internet é pensar na informática como o lugar dos botões. Ao longo desses anos tenho visto, por um lado pessoas adultas, profissionais de outras áreas que, por exemplo, dependem da secretária para enviar email, e por outro lado, jovens que passaram a infância rodeados por tecnologia, passando por essa aprendizagem, e essa é a reação geral - informática significa clicar.

Às vezes tento imaginar como elas visualizariam um serviço desses sendo feito; alguém, um desenvolvedor, sentado em frente ao computador, a tela em branco, fazendo (algo) que viria a ser um serviço de email, por exemplo. O desenvolvedor dá um clique na tela em branco, puf, sistema de enviar email pronto. Outro clique, puf, listar os emails, tirar os spams, colocar o nome em negrito, mostrar o início do texto do email em cinza, data, categoria, pronto. Mais um último clique, puf, cem milhões de usuários, pronto.

Bom, o gmail levou três anos para ser feito; ele está no ar faz dez anos; passou dois deles em testes e estágio beta e agora ainda está sendo desenvolvido, não só com novos recursos como também com correções de problemas. O salário médio mensal de um engenheiro de software no Google é de dez mil dólares. O custo total deles só em pesquisa e desenvolvimento foi de 7 bilhões de dólares em 2013.

Alguém tem que ir lá dizer para eles: bilhões de dólares? Cara, é só clicar que puf.