O wordpress é uma plataforma para gerenciar conteúdo: o usuário cria posts ou páginas, atribui categorias e tags, e o sistema se encarrega de mostrar o conteúdo ao público. Gerenciar conteúdo é inserir, editar, listar e apagar conteúdo (textos, imagens e vídeos).
Ele é grátis. Para usar, é só baixar o pacote e instalar no servidor. Para mudar a cara das páginas, é só escolher um tema. Até hoje, são mais de 2500 temas. Ele também tem mais de 32 mil plugins.
Uma instalação fresquinha não tem muita coisa: além do gerenciador padrão, há dois temas para escolher, uns dois plugins de sugestão. Então a primeira coisa que fazemos é escolher um tema. A instalação de temas é muito fácil; então testamos até cansar ou até algum tema quebrar alguma coisa e termos então que refazer a instalação do wordpress inteiro (que toma um tempo, mas é fácil, então tudo bem). Depois escolhemos os plugins: os essenciais, que cuidam do SEO, de barrar spam, de medir visitantes, de enviar newsletters, de melhorar o editor de texto, de participar nas redes sociais e alguns outros mais. É claro que, como para cada item tem meia dúzia de opções, temos que ir testando até achar a que funciona melhor.
Meia dúzia de plugins depois e as páginas estão ficando pesadas. Para poder ver uma página, os segundos que temos que esperar vão aumentando. Daqui a pouco, se chegarem dez visitantes ao mesmo tempo, eles não conseguirão ver mais nada: o site está muito carregado.
Então instalamos mais alguns plugins que vão contornar esse problema e configuramos o servidor para que ele possa lidar com esse peso todo.
Até agora, vamos ver. Foram uns 10 temas, levando em média 30 minutos para testar cada um = 300 minutos (5 horas); 10 plugins, 10 minutos cada um = 100 minutos (1,5 h) e uma instalação (vou supor que estamos com sorte) = 30 minutos. Já se foram sete horas - é praticamente um dia inteiro de trabalho - e o site ainda não tem conteúdo.
É possível não ter esse cuidado; dá para pegar qualquer tema, qualquer plugin (ou nenhum) e ir direto para publicar posts. Bom, ninguém vai achar o site, porque ele não tem SEO. Não, espere um pouco. Tem sim quem vá achar o site: os hackers e spammers, que querem invadir o site ou o servidor, ou enviar bastante propaganda do site deles ou descobrir todas as senhas possíveis. E eles vão achar o site, tenha ele conteúdo ou não. Ninguém vai participar de nada, por que não tem newsletter, não tem rede social e os comentários estão fechados (se ficarem abertos vai ter entre 60 e 200 mensagens de spam diariamente, porque não tem plugin de defesa). Mas vamos supor que ninguém quer ter um troço desses, a escolha de temas e plugins foi feita com cuidado e horas se passaram.
Quando nós, aqui, fazemos um site, o código não está aberto, então não tem ataque de hacker. A barreira anti-spam já está colocada, então não tem spam. O SEO é feito junto com o CSS, o código é bem escrito, então não sobrecarrega os recursos do servidor, e podemos colocar o que quisermos, que o site nunca vai parar de funcionar bem.
Um site assim não vai ser feito em menos tempo que algo feito com o wordpress; mas cada site que faço me cresce, e cada wordpress que instalo me gasta. Então. A Revista não foi feita em wordpress.